30 anos de Estruturação – pesquisa histórica mostra como grupo LGBTQIAP+ faz parte da história de Brasília

Há 30 anos, a história de Brasília também tem sido contada por meio de um dos mais antigos coletivos de ativismo LGBTQIA+ do país: o grupo Estruturação.

Em sua terceira década de existência, o Estruturação ganha, no próximo domingo (15/9), uma homenagem durante a 17ª Parada LGBTQIA+ de Taguatinga, que terá como tema “30 anos do Estruturação- Grupo LGBT+ de Brasilia – A Nossa parada vem de longe. história, luta e conquistas”. Mas essa é apenas uma parte das celebrações.

Uma das mais importantes reflete, exatamente, de que forma a luta pelos direitos LGBTQIA+ promovidas pelo Estruturação também é uma forma de contar a história do Distrito Federal.

Encabeçada pelo historiador Milton Santos, uma pesquisa que vai recontar a trajetória do grupo vai se debruçar sobre como a bandeira colorida sempre fez parte do que formou e forma o quadradinho.

“Os grupos LGBTQIAP+ percorreram um longo caminho para conseguir legitimidade e direitos, o Estruturação, foi por muitos anos o refúgio e a voz de muitos, fez parte dessa trajetória de luta por igualdade de direitos”, disse ele.

Santos explica que momentos decisivos, como os beijaços no Beirute, no Líbanus e no Pátio Brasil, serão relembrados por pessoas que estiveram tanto na diretoria do grupo como por quem, de alguma forma, colaborou com ele.

“Estamos conversando com pessoas que coordenaram os produtos Travestis para Vida e Garotos para a vida. Quem compôs os núcleos de Lésbicas, Trans e travestis, Surdos, Afrodescendentes, Juventude, Família, Bissexuais…”, tenta resumir Santos.

Por fim, ele destaca a importância de celebrar a história LGBTQIA+ de Brasília por meio do que o grupo Estruturação criou nesses 30 anos.

“Nesse período, o Brasil passou por um processo de afirmação do Estado Democrático de Direito e o movimento LGBTQIAP+ fez parte desse aperfeiçoamento. Importante não perdemos isso de vista, grupos LGBTQIAP+ fizeram muito pelas políticas públicas desse país e deixaram um legado que não podemos esquecer”, finaliza.